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A importância das rotinas numa vida isolada: os conselhos dos astronautas!

Redatora com Futuro
13 Fevereiro 2021

Imagina mudares-te para um apartamento com os teus colegas de trabalho onde passarias a viver e a trabalhar por um período indeterminado. Para muitos de nós pode ser algo improvável, mas para alguns profissionais viver isolados numa espécie de self-quarantine é um requisito e uma realidade, tornando-se mesmo um modo de vida, como é o caso dos astronautas a bordo de missões espaciais, dos médicos da Antártica ou dos marinheiros e submarinistas embarcados.

Num mundo afetado pela atual pandemia, o isolamento tornou-se uma realidade transversal que nos empurrou para uma situação desconhecida sem qualquer garantia do dia em que voltaremos à normalidade. Iniciámos um processo de adaptação e de procura de soluções que nos permitissem manter a calma, a produtividade e a sanidade mental, e é aqui que entram as rotinas enquanto mecanismo crucial.

- As rotinas transmitem uma ideia de controlo: ao lidarmos com o risco e a incerteza, é normal encontrar conforto na previsibilidade e na familiaridade.

De acordo com estudos, induzir a ansiedade leva a que o indivíduo exiba comportamentos mais ritualizados. Logo, o ritual contribui para a redução da ansiedade, oferecendo ao cérebro uma sensação de regularidade e previsibilidade.

Timothy Peake, astronauta que passou 186 dias a bordo da Estação Espacial Internacional, partilhou à CNN que os “hábitos e a rotina são fundamentais para manter tudo sob controlo numa situação confinada e isolada”.

- Criar rotinas de equipa melhora a colaboração: o trabalho em equipa cria interdependências. Portanto, se há partilha de tarefas, quando determinada tarefa não é terminada no tempo estipulado a organização do grupo enfrenta obstáculos. Além disso, as rotinas promovem a partilha de experiências e a proximidade entre a equipa. 

- As rotinas reforçam os hábitos saudáveis, mesmo em períodos de stresse: estudos mostram que, sob pressão, o indivíduo tem a mesma probabilidade de confiar nos seus hábitos bons como nos maus. No entanto, o segredo está na preexistência de hábitos saudáveis, dado que um jovem que pratique desporto diariamente não vai deixar de o fazer num período que esteja mais stressado com exames, pelo contrário, a atividade desportiva é benéfica à sua produtividade.

Assim como um jovem que tenha uma alimentação regrada e saudável dificilmente passará uma semana stressante a alimentar-se de fast-food.

- As rotinas conservam energia: já decidiste mudar o planeamento da tua agenda à última hora e sentiste-te off o resto do dia? As mais pequenas mudanças na nossa rotina podem interferir com o nosso nível de produtividade. Muitas das vezes, esta interrupção leva a um maior cansaço mental do indivíduo e ao acumular de stress, não sendo possível concluir as nossas metas diárias com sucesso. Inclusive, o que antes era automatizado agora requer um pensamento consciente.

Torna-se pertinente fazer a distinção entre hábito e rotina, sendo que o desejável é tornar determinado comportamento fácil de executar para que as pessoas o repitam com frequência, tornando-se parte da rotina diária.

Um hábito requer pouco ou nenhum esforço e depende de uma premissa. Por exemplo, quando te sentas numa secretaria e automaticamente ou inconscientemente abres o teu computador. Sentares-te à mesa é a dica para o hábito de abrir o portátil. 

Por outro lado, uma rotina requer esforço consciente e não depende de uma premissa, sendo algo que escolhemos fazer sem a necessidade de um sinal que nos indique um comportamento. Desta forma, uma rotina é uma sequência de hábitos. 

 

Já sabes, o segredo está nas boas rotinas!


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